O Projeto

Cordel Itinerante - Circulação do Teatro Popular de Ilhéus conduz o grupo aos Centros de Cultura de três cidades baianas: Itabuna, Valença e Alagoinhas. A realização deste projeto é financiada pelo Fundo de Cultura da Bahia, após seleção no Edital Setorial de Teatro.  Serão realizadas apresentações dos espetáculos Teodorico Majestade - as últimas horas de um prefeito e O Inspetor Geral - sai o prefeito, entra o vice, em cada cidade. Além dos espetáculos, será ministrada oficina gratuita processo sobre o criativo e compartilhamento das propostas estéticas do Teatro Popular de Ilhéus (TPI) com grupos e artistas locais, num processo de troca que permitirá o aprofundamento das formas e conteúdos do grupo.

A atividade teatral de grupo no Brasil tem se desenvolvido de forma bastante significativa nos últimos anos, seja pelo esforço empreendido pelos grupos e coletivos, na criação de espaços de troca, seja através de políticas públicas implementadas tanto à nível nacional quanto pelos estados e municípios. Isto tem proporcionado festivais, mostras, intercâmbios das mais diversas formas. Pensar no desenvolvimento do teatro brasileiro implica necessariamente em investimento na difusão, este elo da cadeia produtiva da arte imprescindível para alimentar a criação de grupos e artistas. 

Cordel Itinerante – Circulação do Teatro Popular de Ilhéus responde exatamente à nossa necessidade de circular, conhecer outros espaços, dialogar com outros públicos e artistas. As duas montagens apresentam o resultado da pesquisa do grupo sobre Literatura de Cordel, Xilogravuras, Movimento Armorial e o Cancioneiro Nordestino. Estes quatro eixos de estudo levaram à criação de uma estética própria, repleta de humor e crítica. Os espetáculos tratam de corrupção, este mal que assola o Brasil e o mundo, provocando miséria e atraso. 

A pesquisa estética do TPI tem construído um diálogo bastante original entre as manifestações da cultura popular e o teatro épico, criando espetáculos e intervenções artísticas que valorizam sobremaneira as raízes identitárias nordestinas, aliado a um discurso que põe o espectador no centro da cena e o homem comum como ser transformador da sociedade. Compartilhar este conjunto de idéias e práticas com público e artistas certamente contribuirá para a continuidade das atividades do TPI e consequentemente de grupos e artistas por onde quer que nosso Cordel – “vivo, livre, colorido, popular” passar.

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